
Historiador especialista em História Contemporânea, com mestrado e doutorado em História das Relações Internacionais na UnB e pós-doutorado pela Josef School of International Studies em Denver. É fellow researcher da Fulbright e atua como consultor do MCTI junto ao IBICT nas áreas de transformação digital, impactos sociais, políticos e geopolíticos, em especial na área da Educação. Atua ativamente na discussão sobre o impacto da inteligência artificial e das tecnologias digitais na sociedade. Uma de suas análises propõe a investigação sobre o processo de digitalização, tendo como enfoque as teorias de comunicação, história, epistemologia e sociologia da ciência.
Proposta de abordagem
A nova geografia do poder revela que a periferia tecnológica não coincide totalmente com a periferia capitalista tradicional, a qual acaba por criar novas formas de dependência sistêmica. Para superar essa condição, propõe-se uma governança de IA baseada em duas dimensões: epistemológica (tecnologia subordinada a sujeitos humanos com transparência total) e sociológica (inversão dos fluxos de poder dos territórios para os centros tecnológicos). A solução passa pela declaração de soberania sobre dados nacionais e pela reorganização da economia digital, tratando dados como recurso estratégico nacional. Somente através da construção de soberania tecnológica e controle dos fluxos informacionais o Brasil poderá utilizar a IA como instrumento de desenvolvimento humano integral.

