
Professor de Economia Política Internacional no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e coordenador do projeto de pesquisa “E-commerce e Inteligência Artificial”, financiado pelo CNPq. Uma de suas últimas publicações foi utilizada como referência no recém-lançado Relatório de Desenvolvimento Humano – Leapfrog logistics: digital trucking platforms, infrastructure, and labor in Brazil and China. Possui análises explorando a relação entre tecnologia e trabalho em um contexto de digitalização e inteligência artificial.
Proposta de abordagem
Em razão do poder financeiro, o que permite a aplicação em grande escala da tecnologia, a IA tende a ser dominada pelas big techs, o que corrobora para a tendência de concentração de capital, tornando ainda mais importante a elaboração de políticas antimonopolistas. O período que se deu entre a publicação da Estratégia (2021) e a publicação do Plano (2024) Brasileiros de Inteligência Artificial, foi palco de mudanças que podem ser vislumbradas, a partir da análise sobre a recorrência das palavras “trabalho”, “empresas” e “sindicatos” nos mencionados documentos.
O desemprego, foco de preocupação em 2021, não representa o maior problema a ser enfrentado. Os incentivos e atuações governamentais devem se ater às medidas de mitigação para a desqualificação massiva e a polarização da mão de obra em diferentes segmentos, tendência discutida como “platfordismo”.

